Nas palavras de Marco Antonio Sousa Alves, "O título do livro remete a um movimento arquitetônico de meados do século XX, caracterizado pelo uso aparente do concreto armado. ‘Brutalismo’ tem sua origem no francês béton brut, que significa “concreto bruto”. Mbembe, contudo, apropria-se desse termo como uma categoria eminentemente política, procurando destacar a centralidade da matéria, do corpo e da energia. Temos, no fundo, uma lógica de extração, destruição, transformação, produção e combustão, tanto em relação à Terra quanto aos seres humanos."
Segundo Thomaz Kawauche, "Rousseau disserta sobre vários assuntos, mas sempre apoiado na mesma tese, a saber, que tudo que é produzido nas relações sociais, de sentimentos a instituições civis, é como um pharmakon (a droga-veneno dos gregos) cujos efeitos podem ser salutares ou nocivos de acordo com o estado de saúde da sociedade e com as circunstâncias em que a administração se realiza. Referência obrigatória nessa chave de leitura é o ensaio “O remédio no mal - o pensamento de Rousseau” de Jean Starobinski (1920-2019). O tema da cura da doença pelo princípio da própria doença, segundo Starobinski, perpassa os escritos de Rousseau de modo sistemático (ver em As máscaras da civilização, Companhia das Letras, 2001)."
Na ideia de economia política do desenvolvimento, talvez a coisa mais nova seja o fato de que a alternativa ao liberalismo econômico seja o desenvolvimentismo que eu proponho. Parece uma coisa muito esquisita. Mas eu costumo perguntar às pessoas, qual a alternativa ao liberalismo econômico, e a maioria tem que pensar duas vezes. Elas apresentam a social-democracia, mas isto é um regime político. Depois vêm com o keynesianismo, mas este é um tipo de desenvolvimentismo, ao meu ver. Falta uma palavra geral para isso e é esta palavra geral que eu proponho e que nós precisamos.